segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE

"1º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE
1. Objetivos:
 Refletir o que é quaresma e como o cristão vive este período.
 Refletir sobre o tema e lema da Campanha da Fraternidade 2012.
 Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista deuma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e
comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e
mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo do Encontro:
 Criar um quadro com os 40 dias da quaresma, incluindo o
dia da Páscoa. (ver modelo – após o aprofundamento)
 Distribuir pedaços de folhas coloridas (15 cm X 10 cm)
para os catequizandos, que deverão dobrar ao meio.
 Colar os pedados dos papéis em um papel cartão,
colocando os quarenta dias da quaresma.
3. Desenvolvimento do Tema:
 Ler com os catequizandos o texto da apostila, explicando passo a passo sobre a Quaresma.
 Fazer em conjunto com a classe o registro da semana – escrever em cada quadrinho uma atitude,
uma boa ação que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
 Combinar em cada encontro as ações da semana.
 Para explicar sobre a fraternidade, a solidariedade, contar a história – A pomba e a formiga.
Às margens de um riacho cristalino, uma pomba bebia água, quando viu uma formiga no meio da
correnteza. Em vão a formiga se esforçava par alcançar a margem. Então, a pomba jogou na água um
raminho de mato, e a formiga conseguiu agarrar e se salvar.
Nesse mesmo tempo, passava um caçador que, ao ver a pomba, pensou em abatê-la. Ficou
imaginando o belo prato de pomba assada. Quando se preparava para atirar, sentiu uma picada no
calcanhar. O caçador abaixou-se para ver o que o tinha picado. Era a formiga, a mesma que tinha acabado
de ser salva pela pomba! Bem depressa, a pomba aproveitou para fugir da mira do caçador. Quando este
olhou de novo para o rio, seu almoço tinha desaparecido.
Comentar a história:
 Quando é que eu ajo do mesmo jeito que a formiga?
 Quando é que sou pomba?
 Quando sou caçador?
 Quem foi solidário e fraterno?
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
 Tema: Fraternidade e Saúde Pública
 Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38, 8).
 A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a campanha nos pede para olharmos para a nossa saúde e a de nossos irmãos e perceber
que as nossas atitudes podemos mudar para contribuir para melhorar a nossa saúde.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Lc 10, 29-37
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem cartaz da Campanha da Fraternidade.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz da CF/12, cartolina e folhas cortadas
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de Oração – orientar a escrita da oração da apostila.
APROFUNDAMENTO PARFA O CATEQUISTA
Introdução
A Campanha da Fraternidade de 2012
mobiliza os catequizandos a contemplarem a vida
como um dom de Deus e para a compreensão de
que o cuidado com a saúde depende de uma
alimentação saudável, da prática de esportes, das
ações de prevenção, do cuidado com o corpo, a
mente e o espírito.
A Igreja propõe como tema da Campanha
deste ano: A Fraternidade e a Saúde Pública,
como lema: Que a Saúde se difunda sobre a
terra (Eclo. 38,8). Deseja assim sensibilizar a
todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs
que não têm acesso à assistência de saúde pública
condizente com suas necessidades e dignidade. É
uma realidade que clama por ações
transformadoras. A conversão pede que as
estruturas de morte sejam transformadas.
A Igreja, nessa Quaresma, à luz da Palavra de
Deus, deseja iluminar a dura realidade da saúde
pública e levar os discípulos missionários a serem
consolo na doença, na dor, no sofrimento, na
morte. Levá-los, ao mesmo tempo, a exigir que os
pobres tenham um atendimento digno em relação à
saúde.
O Sistema Único de Saúde – SUS , inspirado
em belos princípios como o da universalidade, cuja
proposta é atender a todos, indiscriminadamente,
deveria ser modelo para o mundo. No entanto, ele
ainda não conseguiu ser implantado em sua
totalidade e ainda não atende a contento,
sobretudo os mais necessitados desses serviços.
Entendendo ser um anseio da população,
especialmente da mais carente, um atendimento
de saúde digno e de qualidade, a Campanha da
Fraternidade 2012 aborda o tema da saúde,
conforme os objetivos a seguir propostos.
Objetivo Geral:
Refletir a realidade da saúde no Brasil, em
vista de uma vida saudável, mobilizando o espírito
fraterno e comunitário das pessoas, na atenção
aos enfermos e na busca por melhoria no sistema
público de saúde.
Objetivos Específicos:
1. Disseminar o conceito de bem viver e
sensibilizar para a prática de hábitos de vida
saudável, em detrimento dos que comprometem a
boa saúde;
2. Sensibilizar as pessoas para o serviço aos
enfermos, o suprimento de suas necessidades e
integração na comunidade. Organizar este serviço
nas comunidades que ainda não despertaram para
esta exigência evangélica;
3. Alertar para a importância da organização
da Pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde
não existe, fortalecer onde está incipiente e
dinamizá-la onde ela já existe.
4. Difundir dados sobre a realidade da saúde
no Brasil e seus desafios, bem como sua estreita
relação com os aspectos socioculturais de nossa
sociedade;
5. Despertar, nas comunidades, a discussão
sobre a realidade da saúde pública, levá-las ao
acompanhamento da prática da cidadania no trato
da causa pública e à exigência de qualificação dos
gestores da área da saúde;
6. Estimular e fortalecer a mobilização
popular em defesa do SUS e de seu justo
financiamento, orientando a comunidade sobre
seus direitos e deveres em relação ao sistema de
saúde como a participação nos espaços de
controle, fiscalização e deliberação das políticas
públicas de saúde.
Saúde e Doença - dois lados da mesma
realidade
A vida, a saúde e a doença são realidades
profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as
ciências não se encontram em condições de
oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo
a aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as
enfermidades, o sofrimento e a morte
apresentam-se como realidades duras de serem
enfrentadas e contrariam os anseios de vida e
bem-estar do ser humano.
Nas línguas antigas é comum a utilização de
um mesmo termo para expressar os significados
de saúde e de salvação. Na língua grega, soter e
aquele que cura e ao mesmo tempo é salvador. Em
latim, ocorre a mesmo com salus. Verifica-se o
mesmo em outras línguas. Certamente, a
convergência destes significados para um único
termo é reflexo da dura experiência existencial
diante destes fenômenos e a percepção de que o
doente necessita ser curado ou salvo da moléstia
pela ação de outrem.
Saúde e salvação para a Igreja
A experiência da doença mostra que o ser
humano é uma profunda unidade pneumossomática.
Não é possível separar corpo e alma. Ao paralisar
o corpo, a doença impede o espírito de voar. Mas
se, de um lado, a experiência é de profunda
unidade, de outro, é de profunda ruptura. Com a
doença passamos a perceber o corpo como um
'outro', independente, rebelde e opressor.
Ninguém escolhe ficar doente. A doença se
impõe. Alem de não respeitar nossa liberdade, ela
também tolhe nosso direito de ir e vir. A doença
é, por isso, um forte convite à reconciliação e à
harmonização com nosso próprio ser.
A doença é também um apelo à fraternidade e
à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a
todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com
a doença, escancara-se diante de todos nossa
profunda igualdade. Diante de tal realidade, a
atitude mais lógica é a da fraternidade e da
solidariedade.
A vida saudável requer harmonia entre corpo
e espírito, entre pessoa e ambiente, entre
personalidade e responsabilidade. Nesse sentido,
o Guia para a Pastoral da Saúde, entendendo que a
saúde é uma condição essencial para o
desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta
algumas exigências para sua melhoria:
a. articular o tema saúde com a alimentação; a
educação; o trabalho; a remuneração; a promoção
da mulher, da criança, da ecologia, do meio
ambiente etc.;
b. a preocupação com as ações de promoção
da saúde e defesa da vida, que respondem a
necessidades imediatas das pessoas, das
coletividades e das relações interpessoais. No
entanto, que estas ações contribuam para a
construção de políticas públicas e de projetos de
desenvolvimento nacional, local e paroquial,
calcada em valores como: a igualdade, a
solidariedade, a justiça, a democracia, a qualidade
de vida e a participação cidadã.
Contribuições recentes da Igreja para a
Saúde no Brasil
Em mais uma manifestação da preocupação da
Igreja com a realidade social da população, em
1981, a Campanha da Fraternidade: “Saúde e
Fraternidade” apresentou o lema: “Saúde para
todos”. A Campanha contribuiu para a reflexão
nacional do conceito ampliado de saúde. Na época
o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem
para a Campanha, que a “boa saúde não é apenas
ausência de doenças: é vida plenamente vivida em
todas as suas dimensões pessoais e sociais. Como
o contrário , a falta de saúde, não é só a presença
da dor ou o mal físico. Há tantos nossos irmãos
enfermos por causa inevitáveis ou evitáveis, a
sofrer, paralisados, à beira do caminho, à espera
da misericórdia do próximo, sem a qual jamais
poderão superar o estados de semimortos”.
A discussão sobre a saúde foi retomada na CF
de 1984, como tema Fraternidade e Vida e o lema
“Para que todos tenham vida”, partindo da citação
bíblica: “pois eu estava com fome e me deste de
comer,... doente, e cuidaste de mim” (Mt 25, 35-
36). Esta Campanha buscou ser um sinal de
esperança para as comunidades cristãs e para
todo o povo brasileiro, a fim de que, em um
panorama de sombras e de atentados à vida,
sentissem a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o
pecado e a morte, reforçando os princípios
norteadores da valorização da vida, do início até o
seu fim.
Tais iniciativas constituem marcos
importantes da ação da Igreja, tanto no campo da
saúde como no da saúde pública, em nosso país.
Por ser amplo o leque destas atividades, com
satisfação identificam-se ações pastorais,
próprias do múnus eclesial, que resultam em
contribuição da Igreja para o cumprimento das
“Metas do Milênio” com as quais o governo
brasileiro comprometeu-se perante a comunidade
internacional, mobilizando diretamente seus
vários setores:
“Metas do Milênio” propostas pela ONU
(Organização das Nações Unidas) com objetivos a
serem alcançados até 2015:
 Reduzir pela metade o número de pessoas
que vivem na miséria e passam fome;
 Educação básica de qualidade para todos;
 Igualdade entre os sexos e mais
autonomia para as mulheres;
 Redução da mortalidade infantil;
 Melhoria da saúde materna;
 Combate a epidemias e doenças;
 Garantia da sustentabilidade ambiental;
 Estabelecer parcerias mundiais para o
desenvolvimento.
Doença e saúde no Antigo Testamento
A bíblia hebraica, já nas primeiras páginas,
apresenta a origem do mal e do sofrimento, mas
descartando qualquer possibilidade de
participação divina. No decorrer da caminhada do
povo hebreu, outros conceitos e outras
justificativas foram sendo desenvolvidas a
respeito da doença e do sofrimento, que passaram
a ser vistos como conseqüência do pecado e da
desobediência. Assim a preservação da saúde mais
do que a cura da doença, era obtida pela
observância da Lei de Deus.
Porém, quem não a observa terá a maldição, a
infelicidade, as doenças e a opressão (cf Dt 28,
15ss). A doença é vista como castigo de Deus ao
pecado do ser humano, por isso, somente
eliminando a causa da doença, ou seja, o pecado,
pode-se obter novamente de Deus a saúde.
Houve, um tempo, que entre os judeus
piedosos, o fato de recorrer a médicos era visto
como falta de fé no Deus vivo e verdadeiro, pois a
doença era compreendida como forma de punição
por parte de Deus.
O livro do Eclesiástico considera a doença
como o pior de todos os males (cf 30, 17), um mal
que faz perder o sono (cf 31, 2). O povo judeu
entendia que a falta de saúde estava intimamente
ligada com a culpa, o pecado. A cura para as
doenças deveria ser obtida, em primeiro lugar,
pela oração (cf 2Sm 12, 15-23).
Saúde e doença no Novo Testamento
O capítulo nono do Evangelho de São João
relata o encontro de Jesus com um cego de
nascença (cf Jo 9, 1-41). De acordo com o relato,
são os discípulos que, em primeiro lugar, percebem
a presença do cego e propõem uma questão a
Jesus.
A dúvida dos discípulos é de ordem teológica:
“Quem pecou para ele nascer cego?” Teria o
homem pecado ou teriam sido seus pais (cf Jo 9,
2) .
A resposta de Jesus é clara: “nem ele, nem
seus pais pecaram, mas é uma ocasião para se
manifestarem nele as obras de Deus” (cf Jo 9, 3).
Cristo interrompe a tradição de vincular doença e
pecado e oferece aos discípulos, aos fariseus, aos
judeus e familiares do cego e ao próprio cego uma
catequese sobre sua missão. Jesus apresenta-se
como “luz do mundo” e luz que se manifesta pelas
obras que realiza. Essa experiência permite que o
próprio cego se transforme em discípulo.
O anúncio da missão de Jesus na sinagoga de
Nazaré inclui “a recuperação da vista aos cegos”
(cf Lc 4, 18). No entanto em toda ação de Jesus,
percebemos inúmeros gestos de quem está
preocupado em recuperar a saúde. Não apenas no
aspecto biológico, mas promover o ser humano
para ter uma vida digna, saudável e reintegrada à
sociedade, porque a doença significava a exclusão
social. Diz o evangelho: “Jesus percorria toda a
Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando
a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de
doença e enfermidade do povo” (Mt 4, 23).
Com sua ação evangelizadora, Jesus não
apenas cura os doentes, mas resgata o ser humano
para o meio da sociedade, dando-lhe dignidade e
apresenta uma nova forma de relacionar-se com
as pessoas necessitadas. O Novo Testamento é
repleto de relatos de Jesus curando os doentes,
os quais testemunham que a ação salvífica de
Jesus também acontecia em suas intervenções no
cuidado e atenção com os que sofrem.
A parábola do Bom Samaritano nos lembra a
condição da fragilidade humana a que todos
estamos condicionados desde a criação. Mas
indica que os seguidores de Jesus devem
descobrir a importância do cuidado. A fragilidade
somente se cura mediante a proximidade daquele
que se dispõe a cuidar do debilitado. Cuida-se da
própria vulnerabilidade quando se consente a
proximidade do outro.
O samaritano é aquele que em face da
necessidade do outro a assimila e se deixa
transformar por ela. Não só porque cuida do
ferido e lhe dá abrigo, mas porque o faz em
prejuízo dos seus próprios planos iniciais.
Esta atitude é revelada nos sete verbos
desta parábola e indica um modo de ser diante do
outro, que pode iluminar o engajamento da Igreja
e dos cristãos no campo da saúde pública:
a) VER – a primeira atitude do samaritano
que descia pelo caminho foi enxergar a realidade.
Não ignorou a presença de alguém caído, de
alguém que teve seus direitos violentados e que se
encontro à margem da estrada.
b) COMPARECER-SE – a percepção da
presença do caído conduziu o samaritano à atitude
de compaixão. Ele deixou-se afetar pela presença
do violentado que jazia quase morto. A compaixão
desencadeou as demais atitudes tomadas pelo
Samaritano.
c) APROXIMAR-SE – ao contrário dos que
antecederam, o viajante estrangeiro aproximou-se
do caído, foi ao seu encontro, não passou adiante.
No homem assaltado, ferido, necessitado,
reconheceu seu próximo, apesar de muitas
diferenças entre ambos.
d) CURAR – a presença do outro exige
cuidado. A aproximação, a compaixão não são
simplesmente sentimentos benevolentes voltados
ao outro. Elas se tornam obra, se transformam em
ação que lança mão dos elementos que tem
disponíveis para salvar o outro.
e) COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL –
colocou a serviço do outro os próprios bens. Não
temeu disponibilizar ao desconhecido ferido tudo
o que dispunha: seu meio de transporte, o que
trazia para seu próprio cuidado e seu dinheiro.
f) LEVAR À HOSPEDARIA – mudou seu
itinerário e acabou mobilizando e envolvendo
outras pessoas. Nem sempre conseguimos
responder a todas as demandas, mas podemos
mobilizar outras forças para atender e cuidar de
quem sofre.
g) CUIDAR – esse é o sétimo verbo e
expressa o conjunto da intervenção do
samaritano. Trata-se de um cuidado coletivo, que
envolveu outros personagens, recursos
financeiros, estruturas que o viajante, não
dispunha e o compromisso de retornar. A razão do
retorno é que agora ela incluía outra pessoa, um
compromisso que não estava planejado no início da
viagem, mas não pode mais ser ignorado, cuidar
passa a ser uma missão.
A figura do bom samaritano assume a
condição de modelo para a ação evangelizadora da
Igreja no campo da saúde e no campo da defesa
das políticas públicas.
Unção dos Enfermos, sacramento da cura
O sacramento da unção dos enfermos é
compreendido no âmbito da missão salvífica da
Igreja, ou seja, no contexto do ministério de cura
que toda Igreja exerce junto aos enfermos. A
unção não é um sacramento pontual e isolado, que
se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a
um moribundo totalmente inconsciente. Pelo
contrário, é um sacramento eclesial que, além de
comprometer toda a Igreja, é também o ápice de
um processo em favor e a serviço dos irmãos
enfermos de uma comunidade. Faz parte do
ministério de cura que atualiza e significa a
presença do Reino no hoje das pessoas.
Por ser um serviço de toda a Igreja,
compromete todos na comunidade: o próprio
doente em atitude plenamente ativa de
identificação com Jesus Cristo, de aceitação da
própria debilidade e de contribuição para o bem
do povo de Deus e a salvação de todo o mundo; de
todos os crentes em atitude de amor e presença
junto aos pobres e doentes; dos religiosos,
fazendo presente no mundo a pessoa de Cristo
que se preocupa e cura os doentes; dos
presbíteros cujo ministério exige deles, não só a
visita, a atenção e a animação dos doentes, mas
também a visibilidade da presença viva do Senhor
que unge, cura e salva; dos bispos que precisam,
num trabalho de coordenação pastoral e
evangelizadora, mostrar que os doentes não são
seres passivos, mas comprometidos com o Corpo
de Cristo.
É pena que, na mentalidade comum dos fiéis e
até mesmo dos agentes de pastoral, o sacramento
da unção dos enfermos ainda não tenha se
desconectado suficientemente de sua relação com
a morte. Este passo, no entanto, precisa ser dado.
Todos precisam ter muito claro que o sacramento
da unção dos enfermos já não é mais nem
sacramento que consagra a morte nem preparação
imediata para a eternidade. Pelo contrário, é o
sacramento que consagra uma situação de vida, ou
seja, uma situação de doença, confiando ao doente
a missão de completar, no próprio corpo, o que
falta à paixão de Cristo.
A Pastoral da Saúde
A Pastoral da Saúde que representa a
atividade desempenhada pela Igreja no Setor da
Saúde, é expressão de sua missão e manifesta a
ternura de Deus para com a humanidade que
sofre. A Igreja, ao meditar a parábola do bom
samaritano (cf Lc 10, 25-37), entende que não é
licito delegar o alivio do sofrimento apenas à
medicina, mas é necessário ampliar o significado
desta atividade humana.
No Brasil esta Pastoral conta com 80 mil
agentes voluntários. Seu objetivo é promover,
educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e
celebrar a vida ou promover ações em prol da vida
saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando
presente no mundo de hoje, a ação libertadora de
Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito
nacional e de referência internacional.
Como as famílias podem colaborar para a
saúde se difundir
A família ocupa o lugar primário na
humanização da pessoa e da sociedade. Por isso é
chamada a ser uma comunidade de saúde, a educar
para viver bem, a promover o bem estar de seus
membros e do ambiente que a cerca. É importante
recuperar a família como colaboradora essencial
no cuidado e no acompanhamento de seus
membros. Vários dos condicionantes e
determinantes da saúde dependem da adesão das famílias e da educação prática das crianças.
Seguem algumas propostas de ação concreta
para esta esfera:
a) Incentivar o cuidado pleno aos
extremos da vida (criança e idosos), buscando
atendimento digno, humano e com qualidade nos
serviços de saúde, nos três níveis de governo;
b) Garantir que a prevenção avance
para além da informação. É necessário visar
não só ao bem estar individual, mas também ao
familiar e ao de todos, através de ações
educativas abrangentes;
c) Buscar a sensibilização e a
mobilização de familiares e amigos quanto à
ações básicas de prevenção e promoção da
saúde,como manter o cartão de vacinas
atualizado;
d) Estimular a doção e a manutenção
de padrões e estilos de vida saudáveis e a
abolição de hábitos inadequados de vida. Até
reeducação alimentar e incentivo à atividade
física regular;
e) Estimular o uso dos serviços de
saúde, de forma consciente, organizada e
cuidadosa, visando à otimização de recursos
públicos;
f) Estimular a disseminação do
conceito de que a prevenção ao uso de drogas é
de responsabilidade de todos, ou seja, pais,
professores, empresários, líderes
comunitários, sindicatos, igrejas e autoridades.
g) Incentivar e difundir programas
de coleta seletiva e de reciclagem, no suporte
a projetos de pesquisa na área ambiental e no
estímulo de práticas sustentáveis, divulgadas
em empresas, escolas e comunidades.
Fonte: Texto Base da Campanha da
Fraternidade 2012, CNBB, Brasília – DF.
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
22/02 23/02 24/02 25/02 26/02
27/02 28/02 29/02 01/03 02/03 03/03 04/03
05/03 06/03 07/03 08/03 09/03 10/03 11/03
12/03 13/03 14/03 15/03 16/03 17/03 18/03
19/03 20/03 21/03 22/03 23/03 24/03 25/03
26/03 27/03 28/03 29/03 30/03 31/03 01/04
02/04 03/04 04/04 05/04 06/04 07/04 08/04
QUARESMA
Boas
atitudes da
semana
19/03
2º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE
1. Objetivos:
Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de
uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e
comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e
mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo do Encontro:
 Tema e lema da Campanha da Fraternidade 2012.
3. Desenvolvimento do Tema:
 Fazer em conjunto com a classe o registro da semana –
escrever em cada quadrinho uma atitude, uma boa ação
que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
 Utilizar uma das dinâmicas propostas no Apêndice no
final da Apostila, conforme a idade.
 Para explicar sobre a fraternidade, a dignidade da
pessoa humana e a cidadania, contar a história – A
águia e a galinha.
Era uma vez um camponês que pegou um filhote de
águia e o colocou no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas,
embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu
em sua casa a visita de um naturalista e, enquanto passeavam ele viu á águia e disse:
 Esse pássaro aí não é galinha, mas uma águia.
 De fato – disse o camponês. É águia, mas eu criei como galinha.
 Não – retrucou o naturalista. Ela é, e sempre será uma águia. Pois tem coração de águia. Esse
coração a fará um dia voar às alturas.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a,
disse:
 Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas
asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao
redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês
comentou:
 Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
 Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente.
Por mais uma vez ele experimento e a águia voltou para junto das galinhas.
No dia seguinte, o naturalista pegou a águia e a levou para o alto de uma montanha. O sol nascente
dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto, na direção do sol e
ordenou-lhe:
 Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida, mas o naturalista segurou-a
firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e
da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou e ergueu-se,
soberana, sobre si mesma. E começou a voar, voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto.
Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento... (Leonardo Boff)
Comentar a história:
 Como será que Deus nos criou?
 Somos águias ou galinhas?
 Ou será que somos as duas juntas?
 É possível viver a condição “galinha”, satisfatoriamente nos dias de hoje?
 Como a condição “águia” pode ajudar para termos mais qualidade de vida?
 Pense:
 Características que predominam em cada condição:
1. Galinha: alimentação, moradia, ir à escola, praticar esportes, hábitos de higiene, trabalho,
cuidado com o meio ambiente (mostrar figuras para ilustrar)
2. Águia: capacidade de amar, a busca por Deus, amor ao próximo, superar dificuldades, coragem
para arriscar, persistência, sinceridade, realizar a vocação, buscar a felicidade.
3. Reflexão: Observando a águia e a galinha, o que concluímos? Agimos, somos apenas como uma
delas? Ou as duas condições são essenciais para a realização humana?
4. Concluir: cada pessoa tem dentro de si uma águia. Busca as alturas, o sol; foi feita para grandes
ideais e os grandes sentimentos. Muitas vezes, porém, fica presa a coisas como uma galinha
ciscando no galinheiro. Não nascemos só para cuidar de comida, roupa... As duas condições são
essenciais para a realização humana. Criados à imagem e semelhança de Deus, temos que buscar
sempre a perfeição, a nossa conversão, mas sempre sabedores de nossa pequenez.
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
 Tema: Fraternidade e a Saúde Pública
 Lema: “Que a saúde se difunda sobre a Terra”.
 Ler Lc 10, 29-37 – A parábola do Bom Samaritano
 Comentar que o cartaz atualiza este encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita
de cuidado. A mão do profissional da saúde, segurando as mãos da pessoa doente, afasta a
cultura da morte e visibiliza a acolhida entre irmãos (o próximo). A cruz recorda a salvação que
Jesus Cristo nos conquistou. A alegria do encontro recorda aos profissionais da saúde que
foram escolhidos para atualizarem a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos, para
possibilitar atendimento digno, para que a saúde se difunda sobre a Terra.
 Todos os seres humanos são irmãos porque são filhos de Deus. Ser irmão é ser fraterno. Como
irmãos, precisam se ajudar uns aos outros. Isso é fraternidade.
 A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a Campanha deseja sensibilizar a todos a dura realidade de irmãos e irmãs que não
têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. É
uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de
morte sejam transformadas.
 A Igreja, nessa quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da Saúde
Pública e levar os discípulos-missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento e na
morte. E, ao mesmo tempo, exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à
saúde.
 O samaritano faz o papel de Jesus, movido pela compaixão diante de um acontecimento da vida,
do dia a dia. O desafio para fazer o bem surge quando menos se espera. Jesus pede que
olhemos para a realidade, para a vida. Com sua graça, vamos converter nossa vida procurando
“Ter em nós os mesmos sentimentos que animavam Jesus”. (Fl 2,5).
 É hora de assumir compromisso, ver o que o texto nos leva a viver. O Evangelho de Lucas nos
mostra que nem todos que conhecem a Bíblia são os que a praticam, são os melhores exemplos.
 Que compromisso vou assumir, qual gesto concreto essa parábola despertou em mim? Como vou
ser “o próximo” de pessoas que precisam de ajuda?
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Lc 10, 29-37
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem, cartaz da Campanha da Fraternidade, figura de uma águia
e de uma galinha.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz da CF/12, cartolina e folhas cortadas
7. Atividades: orientar as atividades da apostila
8. Momento de Oração: Rezar a oração da Campanha da Fraternidade (na apostila).
APROFUNDAMENTO PARFA O CATEQUISTA
Ler o Texto-Base da Campanha da Fraternidade – 2012 e participar das formações oferecidas pela
Diocese e pela Paróquia.
DINÂMICAS PARA SEREM USADAS NOS ENCONTROS DA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012:
PARA FALAR DE SAÚDE
 Apresentar duas rosas (ou outra flor) aos catequizandos, uma murcha, despetalando e outra bonita,
cheia de vida, saudável.
 Estas duas flores, nos mostram a doença e a saúde. Para vocês o que é saúde? ( as respostas vão girar
em torno de: não ter doença, dor, estar forte etc).
 Completar o conceito de saúde que vai além da ausência de doenças:
 “Saúde é um processo harmonioso de bem estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a
ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou,
de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre.”.
 “A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre
personalidade e responsabilidade”.
 Se fôssemos escolher uma destas flores para oferecer a alguém, qual seria? A bonita, claro! Não
oferecemos aquilo que julgamos que não agrada. Não nos doamos, se não gostamos de nós mesmos.
 Deus criou o homem e a mulher à sua imagem, deu-nos dignidade de filhos, de pessoa humana com
capacidade de amar. É ponto de partida para amar, descobrir o próprio valor, viver a dignidade e
proclamá-la a toda pessoa. Esta é a força capaz de estabelecer relacionamentos fraternos, solidários,
que a CF nos propõe. Ela quer suscitar o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos
enfermos e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde.
ORAÇÃO DOS BONS PROPÓSITOS
 Distribuir aos catequizandos, saches de açúcar (ou providenciar um açucareiro com uma colherinha).
 Dispor de um recipiente com água, outro com gelo, suco em pó ou um copo de concentrado.
 Em clima de celebração e oração, lembrar aos catequizandos que podemos fazer um mundo melhor:
“remediar”, com bons propósitos, as situações de sofrimento, dor, doença, mal estar. Para isso peçamos
a Jesus que nos ajude a modificar nosso comportamento e nossas ações em prol da nossa saúde.
 À medida que cada um for fazendo seu “propósito”, pedir que coloque seu “ingrediente” na jarra que
está sobre a mesa. Os propósitos devem se manifestados em voz alta, como orações. Por exemplo:
 “Jesus dê-me forças para controlar a vontade de comer doces, chocolates, refrigerantes em
excesso.”
 “Jesus ajude-me a dominar a preguiça e fazer mais exercícios físicos.”
 “Jesus fortaleça-me para não cair na tentação de colocar em risco minha saúde, colocando-me em
situações de risco: drogas, álcool, brincar com fogo, objetos cortantes, etc.”
 Criar mais situações como: expor-se ao frio sem agasalho; não escovar os dentes; ver TV em excesso;
usar em demasia a internet, o telefone celular; jogar demais videogame; dormir muito tarde, etc.
 Depois que todos colocarem na jarra suas “orações”, acrescentar a água, mexer o suco e distribuir um
copo para cada um.
DINÂMICA: “SEGURA...NÃO DEIXA CAIR!”
 Formar um círculo com os catequizandos: distribuir para cada um uma papeleta em que esteja escrito
um dos “males” (doenças), relacionados abaixo. Pedir para não contarem uns aos outros o que está
escrito no papel. A papeleta ‘gripe’ deve ser repetida cinco ou mais vezes, dependendo do número de
participantes (colocá-la para um terço das pessoas).
 Os participantes engancham os braços uns nos outros, formando uma espécie de corrente, evitando
que alguém caia.
 No meio do círculo fica o “doutor”, a pessoa que vai conduzir a brincadeira. O “médico” lê um dos
diagnósticos (sugestões abaixo). A pessoa que estiver com a “doença” correspondente amolece o corpo
para cair, como se fosse um desmaio. As duas pessoas que estão ao seu lado, a seguram para não deixála
cair. Se a pessoa cair, ela morre...
 Depois de ser amparada, a pessoa ‘doente’ volta o corpo ao normal. Assim o médico vai lendo os
diagnósticos até chegar a doenças de maior incidência, por exemplo, a gripe ou a dengue. Como há
várias pessoas com esta “doença”, muita gente vai “cair” ao mesmo tempo e o círculo vai se
desmantelar. Torna-se difícil segurar, portanto é preciso envolver mais pessoas, organizar toda a
sociedade. Ao final, estabelecer uma ligação entre o que ocorreu no círculo com o que está
acontecendo com a saúde pública.
 Após a execução da dinâmica, deixar que os participantes falem sobre o que sentiram.
 Como se sentiram ao serem taxados de “doentes”? Como viram a doença que cada um recebeu?
 Comentar da importância de ter alguém que segure e dê apoio num momento em que tudo parece que
vai desmoronar, cair.
 Como foi estar atento ao outro, cuidar do problema do outro?
 Como é a dificuldade de apoiar, quando há grande o número de doentes? Salientar a importância da
prevenção, de não deixar a doença se espalhar, dos cuidados com o corpo e o ambiente.
 Concluir falando da importância da presença, da solidariedade, da compaixão junto àqueles que sofrem.
DOENÇAS:
Gripe, doenças do pulmão, dengue, hipertensão, diabetes, problemas renais, anemia, obesidade,
colesterol alto, dependência química (drogas), alergia, dores de ouvido e cabeça, gengivite, cáries e placas
nos dentes.
(Podem ser acrescentadas outras doenças com os respectivos diagnósticos).
DIAGNÓSTICOS:
 Exposição ao ar frio (mudanças climáticas) e contato com pessoas doentes, não lavar as mãos.
(gripe)
 Poluição do ar contato com fumantes ou fumar. (doenças do pulmão)
 Falta de cuidado com os quintais e os vãos de plantas, deixando água parada. Falta de higiene.
(dengue)
 A pessoa não cuida da alimentação, ingere alimentos gordurosos e não saudáveis, não pratica
exercícios físicos. (hipertensão)
 Há pessoas diabéticas em sua família, mas a pessoa nunca fez exames preventivos. Não se alimenta
com alimentos saudáveis. Consome doces em excesso. (diabetes)
 A pessoa não toma água várias vezes ao dia. Não cuida da alimentação. Ingere muito sal. (problemas
renais)
 Faltam em sua alimentação frutas, verduras e outros alimentos saudáveis. (anemia)
 Consome alimentos muito calóricos, tipo salgadinhos (chips), refrigerante. Não faz exercícios
físicos. (obesidade)
 Não se alimenta corretamente, abusa de alimentos gordurosos e de doces. (colesterol alto)
 A pessoa deixou-se levar por falsos amigos e acabou experimentando drogas. (dependência química)
 A pessoa se expõe ao ar poluído. Freqüenta ambientes poluídos, sujos, com muita poeira. Consome
alimentos contaminados. Não cuida devidamente da higiene pessoa. (alergia)
 A pessoa ouve música em volume demasiadamente alto, freqüenta ambientes com poluição sonora.
(dores de ouvido e de cabeça)
 A pessoa não escova os dentes. Consome doces exageradamente, sem fazer a adequada higiene
bucal. (gengivite, placas bacterianas, cárie)
UM OLHAR SOBRE A REALIDADE
MATERIAL: uma folha de cartolina, desenho do contorno de uma grande mão, pintado de marrom,
que servirá para ser a raiz e o tronco da árvore / fita crepe ou cola / várias tesouras / folhas em branco
para todos / lápis de cor verde e amarelo (para pintar folhas).
Distribuir, para cada um, uma folha de papel em branco e lápis de cor.
Pedir para desenhar o contorno de uma das mãos com os dedos ligeiramente abertos, pintar de verde
e recortar.
Pedir que coloquem, num canto, o próprio nome e que, no meio da mão desenhada, escrevam: SAÚDE.
Após a confecção das mãos, o catequista apresentará ao grupo o desenho do contorno da grande mão
(como se fosse a raiz de uma árvore) e pergunta:
De quem pode ser essa mão? (deixar a pergunta no ar).
Quando estudamos os povos, desde as mais antigas civilizações, encontramos sempre o assunto
saúde e doença, misturado com religião. Deuses, demônios, maus espíritos, magia... (TB, 09) aparecem com
explicação para a dor, a morte, os sofrimentos de modo geral. Por exemplo, no caso dos indígenas
brasileiros, quem era o “médico” da tribo? O pajé.
E nós? O que pensamos sobre a existência do mal, da doença? São castigo de Deus? Ele é o culpado?
(deixar que falem, discutam, sem responder diretamente às indagações).
Então, nossas mãos não podem fazer nada? O que será que depende de nós?
Em que os povos da Bíblia acreditavam? Vamos descobrir, pesquisando na Bíblia.: Dt 28, 1-2; Dt 28,
15-20; 2Cr 16, 7; 2Cr 16, 12-13.
Após a leitura, concluir com rápidas palavras. O livro do Deuteronômio apresenta saúde como bênção
e doença como maldição, devido ao pecado, ao afastamento de Deus. Nas Crônicas, todos eram
dependentes do Senhor. Procurar ajuda de um médio em lugar de Deus, era derrota na guerra e morte
certa. Como em Deuteronômio, a Bíblia aqui nos fala de castigo de Deus.
Vamos ler no livro de Eclesiástico, como instrui sobre saúde e doença – Eclo 38, 1-15 – Este texto
realça a importância da saúde, de se ter os meios para que a saúde se difunda sobre a terra, que é o nosso
lema nesta Campanha da Fraternidade. Mas logo a seguir, pede que se recorra ao Senhor e evite o pecado.
Vimos a força, o peso do pecado em todas essas leituras. Mas será que Jesus mostrou o outro lado da
moeda, o outro lado dessa mão? Como Ele viu a doença?
N cartolina com a mão marrom desenhada, formar uma árvore, tendo essa mão como raiz. (modelo
abaixo)
Cada catequizando coloca a mão que desenhou e recortou, formando as folhas da árvore, conforme
uma sequência pré- determinada.
Deus nos criou por amor para sermos felizes. Tudo que Ele fez mostra quem Ele é. Mas nossos
primeiros pais recusaram a amizade com o Pai Criador e, pela desobediência, o pecado entrou na vida das
pessoas. Com o pecado veio a dor, a morte. Deus, em sua infinita bondade, enviou seu Filho Jesus para
salvar a humanidade. Ao morrer na cruz, Ele funda a igreja para continuar a oferecer a salvação. A Igreja
somos nós, todos os batizados. Formamos o Corpo
de Cristo. Jesus não tem outras mãos, a não ser as
nossas, para construir o mundo como Deus quer. E
Deus não quer sofrimento. O que podemos levar aos
outros com nossas mãos? Como podemos agir em
prol da saúde?
Orientar os catequizandos para pensar num
gesto concreto: visitar um doente, consolar um
amigo que sofre, fazer doação de medicamentos,
alimentos, fraldas, ouvir um idoso em suas aflições,
rezar pelos que sofrem.
Ao som de uma música (da CF-2012 ou outra),
colar na cartolina as mãos que confeccionaram,
como se fossem folhas e galhos da árvore. Ao
terminar todos juntos dão as mãos e pedem: “QUE
A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA!”
Modelo da árvore: podem ser escrito, na
“raiz-tronco”, os nomes dos santos que dedicaram
suas vidas ao atendimento e ao conforto dos
doentes: São Camilo, São João de Deus, Santa
Paulina, Beata Ir. Dulce, São Galvão (cf. TB, 221)"


Retirado site: http://animacaosjc.com.br/paginas/downloads/projetoalicerce/02-Organizacao/05-Apostila/Alicerce_Catequista_Apostila_2012_Campanhada_Fraternidade.pdf

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